segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Boiçucanga II


Temporal se formando. Fim de dia. Pensei em retratar essa beleza de maneira não convencional.
Gostei do resultado.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

S/T 1


Vejo essa imagem em uma ampliação 80x80.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Chapéu de Sol


Fotografei essa linda Amendoeira, ou Chapéu de Sol, como nós do litoral a chamamos, na Praia Vermelha, em Ubatuba.
Jovem, não deve ter nem dez anos e já oferece uma sombra estupenda.
O Chapéu de Sol é para mim, um dos maiores símbolos do litoral do sudeste brasileiro.
Quando eu tinha uns quinze anos minha mãe plantou um debaixo de minha janela, em uma casa na Rua Goiás em Santos.
Crescemos juntos. Quando sua copa atingiu a altura do segundo andar do sobrado, sua sombra passou a fazer parte do meu dia a dia, protegendo o quarto do sol forte do verão.
Mais tarde nos mudamos, a casa foi vendida e os cretinos que a compraram, arrancaram tudo que era verde e vivo, cimentaram a terra e ladrilharam tudo. Então, colocaram uns vasos de péssimo gosto espalhados pelo quintal assassinado.
Sempre rezei para que nos ladrilhos molhados os novos donos espatifassem suas miseráveis bundas.

No meio do pasto, na região rural de Paraty, encontrei essa beleza de árvore. Não sei seu nome. Alguém saberia dizer?

Guapuruvus em flor


É a época dos Guapuruvus florirem enfeitando a Mata Atlântica. Essas árvores enormes e frágeis são o terror de quem tem suas casas próximas a elas. Crescem com uma enorme velocidade atingindo o porte de árvores centenárias em poucos anos, mas de uma hora para outra se partem, quebram em meio a grandes ventanias e tempestades.
Seus troncos então se transformam em canoas, nas mãos dos últimos mestres canoeiros caiçaras.

As Árvores

As árvores me impressionam pela beleza serena, utilidade ao meio ambiente e perenidade.
Toda vez que vou à praia de São Francisco, sento-me sozinho debaixo de um enorme Amendoeira ou Chapéu de Sol,como é chamada no litoral paulista, e durante uma hora fico saboreando uma cervejinha, sentindo o vento que não para de soprar do mar.
Como alguém pode se sentir superior a essa árvore?
Sua existência é admirável.
Sólida, recebe o vento salgado do oceano de frente, resistindo às tempestades tropicais e ao sol escaldante durante meio século.
Mais que resistir, de tudo se alimenta, do solo e do orvalho. Cresce calma, dona de seu tempo.
Seu porte é de quem está na força da idade, esbanjando saúde. Vai durar muito mais do que eu e os de minha geração.
Nunca participou de combates, feriu outras vidas ou delas precisou para se alimentar. Antes, deu alimento e abrigo a gerações de pássaros e insetos e sombra amiga a este palerma encantado.
Penso que não é à toa que foi debaixo de uma árvore majestosa que um ser sentou-se homem e levantou-se Buda.
Devem ter sido os conselhos que suas folhas sussurraram em seus ouvidos.