Nos encontramos em um lugar escuro,
E entre nossa curiosidade e ânsia,
Havia um muro
De desconhecimento e desconfiança.
Era uma espécie de inferno
Aquela sala
Onde queimavam
Falas, falos,
Parceiros incompletos.
Na cegueira que a todos atingia
As imagens sensuais, infames
E perversas, prosseguiam
Como um cachorro louco
Servindo de guia.
As mentiras eram
Iscas vivas
Em um tanque onde
As águas turvas
Escondiam na merda e creolina,
Possíveis turmalinas.
Onde mulheres velhas se passavam por meninas.
Onde impotentes se faziam garanhões.
Através da longa madrugada,
Nos dedos atolados no teclado,
O tato ausente,
Solidão.
Na tela hipnotizante e clara,
A cela rara
Onde os desejos latiam enjaulados,
Na ilusão do lado a lado,
De acabar a besta busca,
Achar um porto na alegria,
Saciar a fome louca
Que nunca se sacia.
2001.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
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