quarta-feira, 11 de julho de 2007

Fim de Tarde e de Blog em Camburi


Andei sumido do blog. Uma semana sem postar. Na verdade comecei a fazer parte de um site de fotógrafos portugueses e me entusiasmei. Lá a interação é bem grande. As fotos publicadas são muito comentadas pelos colegas d'álem mar.
Já esse blog é ao contrário. As pessoas o visitam e depois me falam verbalmente ou por e.mail que aqui estiveram. Pouquíssimas postagens.
Assim não tem graça. Já disse e repito que blog é como mico de cheiro, quando não ligam para ele, fica deprê e morre. Acho que é isso está acontecendo com este aqui.
Na foto estou em minha prancha imaginária me dirigindo para o alto mar de onde nunca voltarei.

quarta-feira, 4 de julho de 2007


Dia de sol, coloco uma cesta com as bananas do quintal para a passarinhada. Logo chega o casal de pica-paus. Depois vieram as saíras, periquitos, tiês, sanhaços entre muitos outros.
Aqui, como já disse antes, tem lama demais, umidade demais, mosquito demais, mas tem rio do outro lado da rua. Uma noite de inverno com mais estrelas que no planetário e mais passarinhos que em música do Tom.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Castelhanos


Indo de moto para a Praia de Castelhanos, há muitos anos atrás, parei em um mirante, no meio da Mata Atlântica e avistei a praia selvagem com a luz incrível passeando sobre o oceano. Foi ali que resolvi virar fotógrafo. Pensei na felicidade que seria passar o dia inteiro em lugar como aquele vendo a luz mutante transformando a paisagem.
Esta foto foi feita em um dia que se preparava para uma das famosas chuvas de março. As crianças moradoras de lá,brincavam no mar, curtindo de montão. Moram em outro mundo, do outro lado desta que é a maior ilha oceânica do Brasil. Distantes 16km da parte habitada onde só se chega por uma estrada que seria mais honesto ser chamada de trilha. Demorei duas horas e quinze para chegar, a bordo de um Land Rover. Não tem luz elétrica e nela só habitam umas vinte e poucas famílias. Quando chove forte, ninguém entra nem sai, os caminhos ficam impraticáveis. A ilha dentro da ilha.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Oscar Peterson & Niels-Henning Ørsted Pedersen


Foto feita no Ibirapuera em abril de 96. A lenda se apresntou com um quarteto em uma tarde ensolarada e inesquecível para um Ibirapuera agradecido.
Eu no meio da platéia com uma lente 300mm, captei alguns bons momentos, incluindo esse em que ele parece olhar para dentro da camara.

Mr. Ron Carter!


Essa foto fiz em 94 no Centro Cultural São Paulo. Ron Carter foi baixista de um dos mais espetaculares quintetos de jazz de todos os tempos. Milles no trumpete, Herbie Hancock piano, Tony Willians (gênio) na batera e Wayne Shorter, sax. Todos compositores e arranjadores.
Usei uma técnica de "puxar" o filme e consegui essa luz de que gosto, acho bem interessante. Hoje, na era do Photoshop, esses efeitos no negativo, já são coisa da história da fotografia.

domingo, 1 de julho de 2007

Pier


Depois de nove anos morando fora, quando chego a Santos sinto que ela é a minha cidade. Adoro a Ponta da Praia, com seu trânsito marítimo. O pier de pesca e os bares contruidos em cima do mar. Não sei como não pensaram nisso antes. Tão simples! O lance de aproveitar as belezas naturais da cidade parece ser o óbvio, mas não. É necessário que se olhe a cidade com imaginação para melhorá-la. O Ovo de Colombo não está no ninho da maioria das administrações.
Estive nos bares que gosto porque a comida e bebida são ótimos e o melhor de tudo e que é lá onde sempre encontro amigos queridos. Café Paulistânia, Armazém 29, estão entre os que frequento sempre. Lanches Praia no Boqueirão também faz parte do roteiro.
Já fui dono de choperia, o saudoso Zeepelin, que merece pelo menos uma dúzia de crônicas. Bar Doce Bar é uma tabuleta pregada na parede de meu coração.
Buñuel em sua auto biografia "Meu Último Suspiro", dedica um capítulo inteiro aos grandes bares de sua vida. Diz na abertura do capítulo Os Prazeres Terrenos:
"Passsei horas deliciosas nos bares. O bar é para mim um local de meditação e recolhimento sem o qual a vida seria inconcebível. Como São Simeão Estilita empoleirado em sua coluna e dialogando com seu deus invisível, passei longos momentos de devaneios nos bares, raramente falando com o garçom e quase sempre comigo mesmo, invadido por um cortejo de imagens que não paravam de surpreender-me."
Lembro-me de quando, no século passado, saía de madrugada de casa, com um livro debaixo do braço e ia sentar-me em uma mesinha ao lado da janela de vidro no falecido Pop, na Praça Independência. Pedia uma garrafa de vinho e lia calmamente livros bons como este que acabo de citar e recomendo.

Santos


Esta semana estive afastado do blog. Dei uma passada no Guarujá para fotografar para o meu banco de imagens e quando cheguei a Santos o tempo nublou e nublado ficou até sábado. Paciência. Aproveitei para rever os amigos, a família e VENDER alguns trabalhos já devidamente enquadrados, que fizeram parte de minha exposição Litoral Refletido.
Aliás todas as minhas fotos deste blog estão à venda nos tamanhos 20x30, 30x45 e 50x70. Se estiverem interessados em ter uma dessas imagens na parede me escrevam.
As fotos estão à venda em molduras com trabalho artesanal utilizando materiais orgânicos da Mata Atlântica e molduras em sanduíches de acrílico, super cleans.
Estou pensando em fazer um blog só de venda de fotos.