As árvores me impressionam pela beleza serena, utilidade ao meio ambiente e perenidade.
Toda vez que vou à praia de São Francisco, sento-me sozinho debaixo de um enorme Amendoeira ou Chapéu de Sol,como é chamada no litoral paulista, e durante uma hora fico saboreando uma cervejinha, sentindo o vento que não para de soprar do mar.
Como alguém pode se sentir superior a essa árvore?
Sua existência é admirável.
Sólida, recebe o vento salgado do oceano de frente, resistindo às tempestades tropicais e ao sol escaldante durante meio século.
Mais que resistir, de tudo se alimenta, do solo e do orvalho. Cresce calma, dona de seu tempo.
Seu porte é de quem está na força da idade, esbanjando saúde. Vai durar muito mais do que eu e os de minha geração.
Nunca participou de combates, feriu outras vidas ou delas precisou para se alimentar. Antes, deu alimento e abrigo a gerações de pássaros e insetos e sombra amiga a este palerma encantado.
Penso que não é à toa que foi debaixo de uma árvore majestosa que um ser sentou-se homem e levantou-se Buda.
Devem ter sido os conselhos que suas folhas sussurraram em seus ouvidos.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
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3 comentários:
Tio Mandinho, você é um poeta.
Tio Mandinho, você é um poeta.
Tio Mandinho, você é um poeta.
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