domingo, 18 de maio de 2008

Novas Moradoras


Chegando em casa, depois de uma viagem de três dias, abro o portão e dou de cara com essas novas moradoras. Não é o máximo?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Diana Krall, Em Meus Olhos.


Acho uma delícia ter feitas por mim as fotos dos músicos que durante anos alegraram minha vida. É como se isso me unisse ainda mais a eles. Ou talvez seja só viagem de fotógrafo.
Diana Krall, é uma dessas divas que não me canso de ouvir e sempre com o mesmo prazer.
Sobre fotografar músicos, natureza, arquitetura, foi o que falei com Chico Marques no "Blues em Dose Dupla", que vai ao ar todas as segundas-feiras às 20:00h na Rádio Litoral F.M (http://www.litoral.fm.br/)
Nesta segunda fui seu convidado em um ótimo programa onde prestou homenagem ao fabuloso John Mayall que se está completando 75 anos e se apresentará este sábado em São Paulo.
Eu e Chico somos super fãs do velho bluseiro.
Quem perder o show ou qualquer programa de Chico Marques daqui por diante, fica sujeito às cinqüenta chibatadas de praxe.

Pepézinhos & Steinway


Não é justo que só os leitores do falecido blog "Só Aborrecimento" tivessem o direito de apreciar essa imagem.
Agora reparando a falha, apresento para os leitores do Impressões Digitais os pézinhos de Diana Krall.
Chiquinho Marques encerrou seu programa Blues em Dose Dupla, desta segunda - feira, perguntando-me a respeito dessa foto.
Contei para os ouvintes da Rádio Litoral que não registrar os pézinhos da Diva, em seu habitat natural: A pedaleira de seu inseparável Steinway, seria muita insensibilidade de minha parte.

Dia das Mães


Minha homenagem à todas as mães na figura desta linda Ashaninka.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Festa Nacional do Indio - Bertioga


Em abril a Festa Nacional do Indio realizada anualmente já em sua oitava edição aconteceu novamente em Bertioga.
Fui pela primeira vez no domingo, último dia.
Fiquei muito arrependido. No ano que vem estarei lá TODOS OS DIAS.
Sensacional. É um arraso a beleza da arte plumária, pintura corporal, artesanato.
Chiques demais os índios brasileiros.
Não sei como a Vogue não faz um ensaio com as mulheres indígenas.
Demorou...
Não vou entrar aqui nos méritos sociais, antropológicos e o cacete a quatro. Muita gente boa fala e escreve profundamente sobre o tema.
Ontem mesmo a notícia no Brasil e no mundo era o conflito armado, com invasões, tiros, feridos, no Pará.
Demarcação de terras, com toda a complexidade da questão.
Mas quero deixar um espaço para o puro deslumbramento do olhar.
Olhar sem toda a carga de informação que muitas vezes cega.
Olhar de encantamento como o das crianças vendo algo muito legal pela primeira vez.
Que gente bonita!
Que legal me saber também um pouco índio, nessa salada geral que é o nosso DNA brasileiro.
Na imagem acima um Bororó, tribo da região da Bahia.
Sugiro que procurem em site de busca mais sobre esse evento.

FNI - II

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ressuscitou!


O blog estava hibernando e voltou com essa imagem da Prainha, ou Praia de Santa Tereza em Ilhabela onde passei doze dias trabalhando entre fevereiro e março passados.
O blog havia sido deixado de lado pois eu não agüentava mais postar com conexão discada.
Em minha antiga casa no sertão as taxas de minha linha telefônica eram o que qualquer um pagaria em S.Paulo, mas o serviço oferecido era um verdadeiro lixo. Não havia speedy disponível. Isso em um bairro que é um dos principais destinos da elite paulistana nas praias: Camburi.
Pode? A Telefônica pode tudo.
Depois de três anos sofrendo com uma conexão que demora horas, literalmente para abrir algumas páginas, e dias para mandar arquivos pesados, finalmente tenho speedy em casa.
Para isso precisei mudar de casa e bairro e perdi minha linha que já estava comigo há anos. Quem muda de número sabe o transtorno que isso representa.
Mas aí vem o lado bom da coisa: Speedy!!!
Estou no século XXI!
E vou dar uma ressuscitada neste abandonado blog, que milagrosamente ainda recebe umas quarenta visitas semanais.
Mudar para melhor é bom demais! A casa é mais legal, Maior, e embora perto dos serviços essenciais, como banco, super mercado, ainda recebe tucanos no quintal, jacus, sanhaços, saíras, beija-flores diversos, enfim, mais passarinhos do que em música do Jobim.
Meu quintal fica vizinho a um corredor ecológico.
Que privilégio!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cante Para Hoje

A madrugada para quem mora na mata é mais solitária ainda do que quando vemos as luzes das janelas da cidade apagando-se uma a uma conforme as horas passam.
Muitas vezes atravessei a noite lendo ou escrevendo e observando a cidade adormecer até que finalmente só restavam uma ou duas luzinhas em prédios distantes. Era uma sensação engraçada olhar para elas e sentir uma certa cumplicidade com aquelas criaturas que repartiam a insônia e a madrugada comigo.
Mas aqui no sertão, no meio da Mata Atlântica não se sente a presença humana. Somente alguma coruja se manifesta na escuridão absoluta da floresta, os sapos ensaiam seu coro ou algum cão late ao longe.
Em uma madrugada assim, sentei-me para trabalhar algumas imagens. Resolvi escanear antigas fotos de família e restaurá-las digitalmente.
Fones no ouvido e comecei o trabalho ouvindo música.
Com apenas uma fraca luz indireta de um abajur a tela do computador recebe toda concentração.
As imagens de quase um século começaram a surgir ampliadas, bem maiores do que em sua cópia no papel amarelado.
Fotos da década de vinte.
Bisavôs mais novos do eu estou agora,me sorriam. Avós mocinhas, enamoradas no início de seus casamentos. Tias de que só me recordo já idosas, primas que nunca conheci. Amigos da casa, todos desaparecidos no passado.
Os traços da família passeando nos narizes, nos sorrisos, nas bocas e olhares até chegarem a meus pais a mim e minhas irmãs.
Uma vez quando tinha uns dezoito anos comecei a folhear um álbum de retratos e tive um sentimento tão forte que pensei que quando fosse idoso não poderia mais olhar fotografias pois não suportaria a emoção.
Não sonhava ainda em me tornar fotógrafo, mas nessa madrugada recente em total solidão e concentração, frente a frente com aqueles rostos todos iluminados por uma luz prisioneira de um tempo irremediavelmente perdido e no entanto vivo, senti uma emoção parecida com a de meus dezoito anos.
Um pic-nic em Bertioga, onde estavam todos felizes e descontraídos, com seus trajes de passeio começou a ressurgir magicamente oitenta e poucos anos depois.
As personalidades irradiando nos olhares, gestos, posturas corporais.
Então quando já não estava só aqui em meu escritório mas também lá em Bertioga, em companhia de minha família, com o corpo, mente e espírito em locais distintos mas unos, uma linda canção que não conhecia começou a soar dentro de minha cabeça.
Nos fones de ouvido, o poeta docemente cantou:

“Longe, lá de longe,
De onde toda beleza do mundo se esconde,
Mande para ontem
Uma voz que se expanda
E suspenda esse instante.
Lá de longe...
Cante para hoje.”

A vida às vezes tem essas delicadezas.